Depois de deixar Auckland, na Nova Zelândia, o barco “MAPFRE” acelerou rumo ao Brasil, sempre bem posicionado. Duas semanas depois, a equipa liderada por Iker Martínez dobrou o Cabo Horn a 30 de março.

A partida na Oceânia foi marcada pelo ciclone Pam. A frota sofreu com ventos fortes de 30 nós de intensidade e ondas de seis metros, o que obrigou a equipa a diminuir o ritmo e a seguir mais para Sul. Nessa altura a organização mudou os locais de navegação por causa do frio. A frota foi obrigada a ir mais para Norte para evitar a colisão com icebergs e, por isso, a estratégia da equipa MAPFRE foi prejudicada, como Iker Martínez comentou: “Mudaram duas vezes a portas de gelo - ice gates. Depois de sair do Cabo Leste da Oceânia ganhamos mais para Sul, mas deveríamos ter ido para Norte”.

E o tempo mudou novamente. Com ventos fracos, o "MAPFRE" tinha um objetivo em mente: encontrar uma nova rajada de vento para escapar ao anticiclone. “Eram momentos decisivos para a frota e para a etapa. Nós tínhamos de decidir por Sul ou Norte”. A dúvida era um dos desafios. O outro era arranjar um problema que tiveram no outriggers e na proa. Iker Martínez e Ñeti Cuervas-Mons foram os responsáveis pelo conserto. O “MAPFRE” começou a recuperar posições no Pacífico Sul, local onde os ventos fortes surgiram. Mais rápidos, o “MAPFRE” chegou a ganhar três posições rapidamente. Não demorou para que a equipa assumisse a liderança da etapa durante algum tempo.

A equipa terminou a quinta etapa da Volvo Ocean Race em segundo lugar no pódio, ao chegar no passado domingo ao Brasil, depois de uma etapa que levou ao limite barcos e velejadores. Iker Martínez comentou que tudo foi especial: “sobre esta etapa digo que o simples facto de chegar já é um motivo de alegria. Foi a primeira etapa em que encontramos ventos duríssimos e tivemos que passar por um processo de aprendizagem. Aqui, aprendemos sempre com as dificuldades".

Depois da última grande manobra para navegar em direção a Itajaí e faltando 100 milhas, a frota dividiu-se em dois grupos, com o “MAPFRE” e o líder “Abu Dhabi” de um lado e o “Alvimedica” e o “Brunel” de outro.

Com pouco vento e calmaria, a 25 milhas da chegada, o vento voltou a aparecer e deu mais velocidade à frota. O “Abu Dhabi” tinha uma ligeira vantagem e por isso cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, seguido do barco “MAPFRE”. Uma coisa foi unânime para todas as equipas, esta foi a etapa mais dura da Volvo Ocean Race. “Foi uma etapa duríssima desde o primeiro até o último minuto. Achávamos que depois do Cabo Horn seria mais tranquilo, mas foi justamente ao contrário”, declara ‘Ñeti’ Cuervas-Mons. “Tenho que dar os parabéns a todas as equipas, porque todos se empenharam muito e fizeram uma regata divertida de se ver".

Com o segundo lugar, o barco “MAPFRE” empata com o terceiro na classificação geral, o “Brunel”, mas os holandeses estão na frente no desempate. Para ambos, o segundo lugar está mais perto do que nunca, apenas dois pontos, já que o barco "Dongfeng" se retirou da etapa após ter partido o mastro. “Abu Dhabi” é o líder com 9 pontos.


Faltam 46 dias para a Volvo Ocean Race chegar a Lisboa!

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