Estamos a falar do pacto global mais ambicioso do nosso tempo para transformar o presente e assegurar um mundo mais justo, mais igualitário, mais próspero e mais seguro para todos. Esta é a crença de Mónica Zuleta, diretora Corporativa de Sustentabilidade da MAPFRE, que acredita que a Agenda 2030 pode e deve contribuir para mudar o mundo. Desde a aprovação da Agenda 2030 em 2015, a MAPFRE incluiu no seu plano de sustentabilidade projetos e compromissos específicos para contribuir para cada um dos objetivos e está atualmente a trabalhar em sete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de ação prioritária, o que lhe permite cumprir com a #LaParteQueNosToca.


O que é a Agenda 2030 e como considera que ela tem impacto no mundo?

É o grande roteiro da comunidade internacional para o futuro da sociedade e do planeta, e acredito que é a nossa melhor aposta para uma verdadeira transformação social e económica, que é agora mais do que necessária para enfrentar os desafios atuais e futuros, especialmente na sequência da pandemia.

Os 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável falam precisamente destes importantes desafios, presentes em áreas como a diversidade, justiça, saúde, educação, ambiente e crescimento económico. Penso que também é importante ter em mente que todos estes objetivos estão interligados, e que é necessário trabalhar em conjunto para alcançar os vários objetivos propostos.


O que destacaria da Agenda 2030?

Acredito que a Agenda 2030 representa um marco, porque pela primeira vez foi alcançado um acordo geral na comunidade internacional para erradicar a pobreza, reduzir as desigualdades e agir sobre a emergência climática. Creio que isto reflete a necessidade e a urgência desta Agenda.

A pandemia tornou as desigualdades mais visíveis e aumentou muitos dos problemas que já estavam sobre a mesa, por isso acredito que precisamos da Agenda 2030 mais do que nunca e que só conseguiremos sair desta crise se cumprirmos os objetivos.


O Pacto Global tem um mandato das Nações Unidas para trabalhar em todos estes objetivos com o setor privado. Que papel pensa que as empresas desempenham na Agenda 2030? Em que consiste a atuação da MAPFRE para acrescentar valor a esta ambiciosa agenda?

Este pacto convida-nos a olhar para o global sem perder de vista a perspetiva local, que é onde temos o efeito mais visível. É por isso que acredito que nenhuma empresa pode ser relevante a longo prazo se não cuidar do bem-estar das pessoas que vivem no seu ambiente, na sua comunidade. Isto é algo que sempre foi claro para nós e que nos levou a considerar a sustentabilidade como uma área prioritária da gestão empresarial.

Acreditamos que a Agenda 2030 pode e deve contribuir para mudar o mundo e estamos plenamente empenhados nos seus objetivos, que são, em última análise, um compromisso de várias partes.


Em que Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão atualmente a trabalhar?

Neste momento, concentramo-nos em sete ODS de ação prioritária: Fim da Pobreza (ODS 1), Saúde e Bem-estar (ODS 3), Trabalho Digno e Crescimento Económico (ODS 8), Cidades e Comunidades Sustentáveis (ODS 11), Ação Climática (ODS 13), Paz, Justiça e Instituições Fortes (ODS 16) e Parcerias para Atingir os Objetivos (ODS 17).

Com o ODS 1, por exemplo, procuramos gerar um impacto económico e social positivo nos mais de 30 países onde operamos e criar oportunidades de emprego inclusivas. Com o ODS 3, destacaria o nosso empenho em proteger a saúde e o bem-estar dos nossos clientes e empregados, promovendo ambientes de trabalho saudáveis e contribuindo para a prevenção de acidentes. Do ODS13, gostaria de sublinhar o nosso empenho numa economia neutra em carbono, com objetivos cada vez mais ambiciosos de subscrição e investimento, projetos de energias renováveis, e uma estratégia clara para proteger as pessoas em caso de desastres ambientais.

 

"As empresas inovam, transformam e criam riqueza, aspetos que sem dúvida trazem valor à Agenda 2030"

 

Quais são para si os principais desafios para o setor empresarial relacionados com a Década de Ação? Como está a MAPFRE a agir?

A Agenda 2030 apela, sem dúvida, ao setor privado porque nos considera como agentes de desenvolvimento económico e social. As empresas inovam, transformam e criam riqueza, aspetos que sem dúvida trazem valor à Agenda 2030. Representa também uma clara oportunidade para todos eles, pois podem encontrar nos ODS a forma de alinhar as suas estratégias com o desenvolvimento sustentável, encontrar novas oportunidades de negócio e desenvolver produtos e serviços sustentáveis para gerar valor competitivo. É também uma clara oportunidade para responder às necessidades da sociedade, demonstrar rentabilidade e assegurar que as ações da empresa são significativas para todas as partes interessadas, não deixando ninguém para trás.

Desde a aprovação da Agenda 2030 em 2015, temos incluído no nosso plano de sustentabilidade projetos e compromissos específicos para contribuir para cada um dos objetivos com os quais estamos mais envolvidos. Também participamos em vários fóruns e temos vários grupos de trabalho com o objetivo de analisar melhor o nosso impacto sobre os ODS e informar de forma transparente as partes interessadas.

A situação que estamos a viver deve necessariamente fazer-nos refletir sobre as nossas prioridades, mas sem dúvida que a saúde, o desenvolvimento económico e a proteção do planeta são alguns dos desafios mais urgentes.

 

"A Agenda 2030 apela ao setor privado porque nos vê como agentes de desenvolvimento económico e social"

 

Com que ações pode, cada um de nós, contribuir para o cumprimento dos objetivos da Agenda 2030?

Penso que devemos todos trabalhar em conjunto para o mundo que queremos. Isto é exatamente o que queremos dizer com a #LaParteQueNosToca, que representa os milhares de gestos que todos podemos fazer para proteger o planeta e construir um presente e um futuro para as pessoas. Acredito que o mundo muda quando cada um de nós faz a sua parte, grande ou pequena, e isto começa com ações individuais e com cada uma das escolhas que fazemos todos os dias.

O desafio reside em cada um de nós ser capaz de encontrar uma maneira de viver de forma tão sustentável quanto possível todos os dias. Eu, por exemplo, estou cada dia mais convencida da importância do consumo responsável, da reciclagem, da opção por alimentos locais, e da promoção da igualdade e inclusão, em resumo, da utilização da nossa responsabilidade social pessoal como uma alavanca de mudança. Temos de ser um bom exemplo para as próximas gerações, que nos irão substituir.

Fonte: mapfre.com            

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