A Assembleia Geral de Acionistas da MAPFRE aprovou, entre outros acordos, as contas do exercício de 2022, no qual o lucro foi de 642 milhões de euros e as receitas cresceram 8,3%, para os 29.510 milhões de euros, o maior valor da história da MAPFRE, que este ano (2023) completa 90 anos!
Foi aprovada a distribuição de um dividendo total de 0,145 euros brutos por ação, mantendo os níveis anteriores à pandemia, que já se tinham recuperado no exercício anterior. Desta forma, a remuneração ao acionista da MAPFRE continua a ser uma das mais altas da bolsa espanhola e sempre em dinheiro, destacou o presidente da MAPFRE, Antonio Huertas.
Plano Estratégico: crescimento acima das previsões
Durante o evento, Antonio Huertas, presidente da MAPFRE, avançou com a atualização de alguns dos compromissos públicos do plano estratégico 2022-2024. Assim, o crescimento médio dos prémios em 2023 e 2024 será entre 5% e 6%, e o crescimento médio durante a vigência do atual plano estratégico será superior a 7%. O rácio combinado Não Vida será de cerca de 96% para 2023 e 2024, mantendo-se o objetivo médio ROE para estes dois anos entre 9% e 10%.

Os restantes dos objetivos, sociais e de gestão corporativa mantêm-se:
- fechar a brecha salarial ajustada ao género (em 2022 era de 1,86% e será praticamente inexistente até o final de 2024);
- concluir o triénio com pelo menos 90% da carteira de investimentos qualificados em critérios ESG (em 2022 esse percentual atingiu 93%);
- pessoas com deficiência representando pelo menos 3,5% da força de trabalho.
Antonio Huertas reforçou ainda que se confirma o quadro de referência no qual a MAPFRE se quer posicionar nos próximos dois anos:
- Manter a margem de solvência em torno dos 200%, com margem de tolerância de mais/menos 25 pontos percentuais;
- Manter o pay out acima de 50%;
- Manter o índice de endividamento entre os 23 e 25%.
Relativamente ao plano de sustentabilidade, que em 2022 atingiu 99,6% de cumprimento, foram relembrados os principais compromissos públicos, entre os quais ser uma empresa neutra em carbono até 2030 em todos os países, e os novos compromissos ambientais de investimento e subscrição. Além do meio ambiente, a MAPFRE continuará a desenvolver os seus compromissos sociais definidos no Plano de Sustentabilidade para este triénio.

Avançaram-se ainda alguns dados referentes ao primeiro mês de 2023, o que evidencia uma evolução positiva, com um aumento do volume de prémios de 24%, uma melhoria considerável dos fundos próprios, que cresceu mais de 250 milhões de euros, e uma redução do índice de endividamento de 26 para 25,2% em apenas um mês.
Conselho com 15 membros, metade dos quais independentes
Elena Sanz Isla (executiva) e Francesco Paolo Vanni D’Archirafi (independente) foram nomeados como novos membros do mais alto órgão de decisão da MAPFRE; foram reeleitos os conselheiros José Manuel Inchausti Pérez, Antonio Miguel-Romero de Olano e Antonio Gómez Ciria, e foi ratificada a nomeação e aprovada a reeleição de María Amparo Jiménez Urgal.

Com estas nomeações, o Conselho de Administração da MAPFRE passa a ser composto por um total de 15 membros, mais de metade dos quais são independentes. A presença de mulheres aumenta, passando a representar 47% do total, e também a internacionalização, já que estão representadas três nacionalidades (espanhola, brasileira e italiana).
No site corporativo estão disponíveis mais informações e apresentações, no Especial Junta Geral de Acionistas 2023.