Com mais de 20 anos de experiência no setor e desde 2019 na MAPFRE AM como diretor de negócio institucional e vendas, Eduardo Ripollés conta-nos como a gestora de ativos tem desenvolvido o seu trabalho em tempos de incerteza e o potencial de investimento na MAPFRE.

Tendo em conta a natureza conservadora da MAPFRE AM, como deve a gestora de ativos agir num contexto de elevada volatilidade, tanto em ações como em obrigações?

  • O nosso principal objetivo é, acima de tudo, controlar o risco e preservar o capital. Num cenário como o atual, estamos perante um ambiente complexo tanto para os ativos de rendimento variável, onde assistimos a uma rotação de ativos para valores mais defensivos ou com menor tendência de crescimento, como para os ativos de rendimento fixo. O aumento generalizado das taxas de juro em ambos os lados do Atlântico está a produzir alterações significativas em termos de carteiras e durações.
    Esta situação gera oportunidades e na MAPFRE AM, como permissa principal, estamos a posicionar-nos com uma visão de longo prazo e com um controlo de risco em todo o processo de investimento.

Em tempos de incerteza como o que vivemos, há sempre oportunidade que vão surgindo. Que outros mercados são explorados pela MAPFRE AM?

  • Como temos uma visão global dos mercados, e sob a premissa de que as nossas carteiras são altamente diversificadas, consideramos que podemos encontrar oportunidades em cada um dos mercados. Aqui, o importante é o conhecimento profundo e detalhado de cada um dos valores que analisamos, e se considerarmos que nos podem trazer valor a longo prazo, incluimos na nossa carteira.
    Não se trata de uma mera questão de mercado, mas sim de conhecimento dos ativos subjacentes que incluímos nas nossas decisões de investimento.

A indústria da gestão de ativos está a avançar para uma maior concentração, será este o caminho a seguir pela entidades gestoras?

  • É evidente que a consolidação faz todo o sentido, quer ao nível da gestão, quer no processo operacional. Há entidades gestoras que têm talento, mas falta-lhes capacidade de distribuição. Em oposição, existem empresas com redes comerciais muito fortes, mas que mostram carências do ponto de vista da gestão. Neste setor, as sinergias são mais do que bem-vindas.

Desde que se juntou à MAPFRE AM, há três anos, tem estado mais focado no negócio institucional. Há espaço para um maior crescimento em Espanha?

  • É claro que há. Temos uma grande marca que nos ajuda a apresentar a nossa proposta de valor na gestão de ativos. Os nossos resultados comprovam-no, a nossa capacidade de investimento é um excelente cartão de visita, e se a isso acrescentarmos a marca, penso que temos uma combinação vencedora.

O que é que a MAPFRE AM traz para a área de vendas institucionais como valor acrescentado em Espanha que outras gestores de ativos não fazem?

  • Somos uma empresa global, com um grande potencial de investimento e uma referência como investidor institucional. Os nossos concorrentes não têm estas qualidades e devemos aproveitá-las.

Como diferenciaria um investidor institucional de um investidor particular?

  • Em muitos aspetos: desde o tipo de ativos, a liquidez e o horizonte temporal do investimento até às necessidades do produto em si. De qualquer forma, o investidor institucional está a evoluir e a exigir novos critérios para o seu património.

Participou recentemente, juntamente com Jonathan Boyar, na Value Investor Conference em Londres. Considera a gestão em Valor uma aposta acertada no contexto atual?

  • Sem dúvida! O aumento das taxas de juro está a provocar uma rotação nas carteiras para títulos menos alavancados, geradores de dinheiro com os quais se pode enfrentar um ambiente inflacionário como o atual. A gestão em Valor foi fortemente penalizado durante anos, mas hoje pode, sim, ter um ambiente ideal para crescer.

Como membro da EFPA (European Financial Planning Association), quais são as principais ferramentas para elaborar um bom planeamento financeiro?

  • A rentabilidade financeira não pode ser analisada sem nela integrarmos os aspetos fiscais, os parafiscais (exemplo: imposto de selo), e os objetivos de poupança em mente. Os investidores precisam de ser educados no sentido de que todas estas variáveis devem estar juntas, são complementares, não se substituindo umas às outras.

Como diretor de negócio institucional e vendas, qual é o seu trabalho no dia-a-dia? Até que ponto é difícil chegar a acordos numa altura de tanta incerteza?

  • Precisamente, num ambiente de incerteza, o investidor o que procura é segurança, e não consigo pensar num melhor parceiro do que a MAPFRE para o ajudar a planear as suas poupanças.
    O meu trabalho centra-se principalmente na divulgação das nossas capacidades e pontos fortes do lado da gestão de ativos, para que os investidores possam confiar em nós a longo prazo.


Como nem tudo é trabalho, ficámos a saber um pouco mais sobre o responsável da MAPFRE AM...

Algum passatempo? Golfe (quando me deixam) e natação
Um prato? Um bom cordeiro acompanhado de um bom vinho espanhol
Uma cidade / um país? Madrid e Lisboa / Espanha
Um grupo musical? Do século XX, Meat Loaf… do século XXI, Coldplay sem esquecer Joaquín Sabina (ele é intemporal)

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