Muitos fãs de vela foram receber os vencedores da quarta etapa da Volvo Ocean Race na Nova Zelândia. O grande campeão foi o barco “MAPFRE”.

Às 22h31, hora local, a tripulação comandada pelo medalhista olímpico Xabi Fernández, chegou em primeiro lugar na etapa de mais de 5.264 milhas de navegação entre a China e a Nova Zelândia. A equipa fez o percurso em 20 dias, duas horas, 31 minutos e 20 segundos.

O barco “MAPFRE” ganhou com uma vantagem de 4 minutos e 25 segundos em relação ao barco “Abu Dhabi”, e de 8 minutos e 2 segundos em relação ao barco “Dongfeng”, segundo e terceiro, respetivamente. Na chegada a Auckland os tripulantes recordaram os percalços sofridos durante a etapa, tal como a quebra de uma peça do mastro, a lesão na mão de Willy Altadill e os quase quatro dias sem comunicações.

“Depois de três etapas sofremos bastante e sabíamos que tínhamos que vencer. Estava a faltar-nos este prémio. Era isso que estávamos a procurar, e ganhar é ainda melhor”, declarou Xabi Fernández, comandante do “MAPFRE”, que substituiu Iker Martínez, o qual saiu da equipa para fazer parte da campanha olímpica.

Os últimos dias foram apertados, mas as 30 horas finais da etapa foram muito competitivas. “A tripulação fez um grandioso trabalho, em particular o navegador Jean Luc”, disse Rafa Trujillo. O catarinense André “Bochecha” Fonseca concordou com as palavras de seu companheiro: “Foi uma etapa de muito trabalho, principalmente do Jean Luc e do Xabi”.

Na última semana, o barco “MAPFRE” manteve-se mais a Leste da frota. Precisamente na avaliação do navegador Jean Luc Nélias, esse foi o ponto-chave para o resultado dos últimos sete dias: “Ficar mais a Leste foi difícil, pois os que estavam na direção oposta estavam mais rápidos. Tudo foi decidido na noite final". O "MAPFRE" ganhou créditos com essa aposta. Na sexta-feira, a equipa atacou a liderança que era do "Abu Dhabi” e, a partir daí, não largou mais a dianteira até cruzar a linha de chegada em Auckland.

“Ficamos mais de 24 horas a liderar mas a vantagem para os dois adversários era de uma milha”, disse Ñeti Cuervas-Mons. “O final foi difícil, com pouco vento e os outros barcos pressionavam-nos muito. Até aos últimos minutos não sabíamos que iriamos vencer a etapa. Ganhar a etapa na Nova Zelândia foi incrível”, contou o francês Nélias.

Sem dúvida, uma vitória merecida!

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