Já estão disponíveis os resultados do primeiro semestre de 2020 do Grupo MAPFRE e Portugal registou melhorias apesar das dificuldades sentidas a nível mundial, acentuadas pela pandemia.
A nível nacional, destacam-se os seguintes aspetos:
- Excelente rácio combinado de 95,9%, com um resultado de 3,44 milhões de euros (109% do objetivo);
- Melhor rácio de solvência do mercado, sendo que a média no mercado mantém-se nos 162%:
- MAPFRE Seguros de Vida com 307%;
- MAPFRE Seguros Gerais com 289%.
Os principais indicadores a nível global são:
- O custo dos sinistros derivados diretamente da COVID-19 supera os 153 milhões de euros;
- Resiliência das unidades de seguro, cujo lucro cresceu 12,7% até 429 milhões de euros;
- A receita do Grupo chegou a 13,277 milhões de euros (-11,8%) e os prémios aproximaram-se dos 11 mil milhões de euros (-12,3%), num cenário de paralisação da economia mundial;
- Espanha (218 milhões de euros), Estados Unidos da América (66 milhões de euros) e Brasil (60 milhões de euros) são os países que mais contribuem para o lucro do Grupo;
- PMEs e empresas autónomas em Espanha foram beneficiadas com mais de 55 milhões de euros em descontos, para enfrentar as consequências da pandemia;
- A taxa de solvência fixou-se em 177,2% em março.
A Área Regional Ibéria, composta por Portugal e Espanha, registou um aumento em 3,978 mil milhões de euros, a nível de prémios, e uma descida de 8,3% face ao primeiro semestre de 2019.
Nos primeiros seis meses do ano a receita da MAPFRE chegou aos 13,277 mil milhões de euros, uma queda de 11,8% em relação ao mesmo período do ano, enquanto os prémios ficaram e 10,983 mil milhões de euros e 12,3% menos, face ao período homólogo.
A queda está, naturalmente, marcada pelo cenário de queda da atividade económica causada pela crise da COVID-19, que iniciou a metade de março e atingiu o seu pico durante todo o segundo trimestre do ano, afetando todos os países. Contudo, há três fatores determinantes na queda dos prémios de 1,546 mil milhões de euros:
- O impacto da desvalorização das moedas, principalmente o real brasileiro que recuou, em conjunto, 580 milhões de euros em prémios;
- A apólice bienal da Pemex, de 455 milhões de euros, emitida em 2019;
- A redução dos prémios Vida-Poupança, em Espanha, de 412 milhões de euros.
O resultado do Grupo no fecho de junho ficou em 271 milhões de euros – 27,7% inferior ao obtido entre janeiro e junho do ano anterior. O resultado foi bastante impactado pelos sinistros da COVID-19 registados na Unidade de Resseguro, cujos custos aumentaram em 87 milhões de euros brutos, assim como pelos terremotos em Porto Rico (83 milhões brutos) e a tempestade Glória em Espanha (22 milhões brutos). Estima-se que o efeito da COVID-19 nas unidades de seguro seja neutro para a MAPFRE, com a diminuição da frequência dos sinistros de Automóveis, o que compensa os sinistros diretos em Mortes e Saúde, principalmente.
Desde o início da crise, a MAPFRE mobilizou recursos e adotou medidas para garantir tanto a proteção dos seus colaboradores como para assegurar a continuidade do negócio, mas ainda não é possível conhecer o alcance real da crise. Apesar disso, o forte balanço da MAPFRE, os seus altos níveis de capital e solvência, a sua posição de liquidez e a disponibilidade de financiamento adicional permitem antecipar que o impacto será limitado para o Grupo.
O rácio combinado do Grupo ao fim de junho ficou em 96,7% (+0,8 pontos percentuais em relação ao ano anterior), e melhorou significativamente em relação a março deste ano. É importante destacar que a quarentena pela crise da COVID-19 resultou numa redução de sinistros Automóveis em todos os países, apesar de noutros ramos, como Saúde e Morte na Espanha, aumentaram. O resseguro foi a linha de negócio mais afetada pelos sinistros relacionados à COVID-19, com um impacto líquido atribuído no negócio de 57 milhões, dos quais 50 milhões correspondem à cobertura de interrupção de negócios e o resto ao ramo de créditos.
A taxa de solvência em março de 2020 ficou em 177,2%, com 85,5% de capital de máxima qualidade (nível 1), destacando a solidez e a resiliência do Grupo, e a sua capacidade de uma gestão contínua. Estes níveis mantêm-se num patamar de tolerância marcado pelo Conselho de Administração, que vai permitir à MAPFRE enfrentar essa situação e adotar as medidas necessárias para reduzir as consequências da crise.
Para mais detalhes evolução do negócio pelas diferentes áreas, dividendos e outros detalhes do primeiro semestre de 2020 aceda aqui.
GO MAPFRE!
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